Sind-UTE/BH definiu em assembleia greve para os professores estaduais nos dias 13 e 14 de março crédito: Luiz Santana/ALMG |
Educadores da rede estadual de Minas Gerais entrarão em greve por 48 horas nesta quarta-feira (13 de março de 2024), após decisão unânime em assembleia. A paralisação visa pressionar o governo estadual por repasses atrasados do Fundeb e reajustes salariais alinhados ao piso nacional.
Denise Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, destaca que a greve é uma medida para negociar melhorias salariais e valorização dos profissionais de educação. A categoria denuncia o uso indevido de recursos do Fundeb para outras despesas e exige o pagamento do saldo pendente.
Segundo a coordenadora, atualmente dos 175 mil trabalhadores da educação ativa, 53% não são concursados, e por isso, sofrem com instabilidade, além de as unidades de educação terem muita rotatividade. "Caravanas de todas as cidades estão aqui em Belo Horizonte e depois dessa audiência, vão retornar e continuar essa conversa nas câmaras municipais", completou.
Atualmente, os educadores de Minas recebem R$ 2.652,22 por 24 horas semanais, um valor abaixo do piso nacional, que foi reajustado para R$ 4.580,57. Além disso, os professores pedem que a ALMG derrube o veto do governador Romeu Zema ao projeto que estende o atendimento médico do Ipsemg aos aposentados pelo regime geral da previdência.
A greve incluirá uma audiência pública na ALMG para debater o veto do governador e atos regionais para dialogar com deputados.