Drogas em caixões e urnas funerárias: Operação “Ataúde” mira tráfico em Pouso Alegre e cidades mineiras

PF faz operação contra quadrilha que transportou 150kg de drogas em caixões e carros funerários — Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, a Operação Ataúde, contra uma quadrilha especializada em utilizar caixões e carros de funerária para traficar drogas em todo o país. Segundo a corporação, foram aproximadamente 150 quilos de drogas transportadas entre vários estados, com destino a cidades mineiras. 

Sete mandados de prisão, 20 mandados de busca e apreensão e bloqueio de 24 contas bancárias são cumpridos em Governador Valadares, Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Rio Manso e Pouso Alegre.

A ideia de utilizar carros funerários e caixões, segundo a PF, foi adotada para tentar evitar eventuais abordagens policiais durante as viagens. As drogas foram apreendidas em três ocasiões. Na primeira delas, em 27 de novembro de 2020, na cidade de Ituiutaba, a Polícia Militar perseguiu uma caminhonete que desobedeceu ordem de parada e localizou 10 quilos de pasta base de cocaína e 48,5 quilos de crack.

A segunda apreensão aconteceu em 10 de novembro de 2022, quando a Polícia Rodoviária Federal abordou, na cidade de Vargem, em São Paulo, um carro funerário de empresa com sede em Minas Gerais. No veículo, os agentes encontraram 50 quilos de crack. Uma pessoa foi presa.

Em 30 de maio deste ano, ocorreu a terceira apreensão, em Governador Valadares, cidade de Minas Gerais. Durante abordagem da Polícia Militar, foram encontrados 27 quilos de crack dentro de um carro funerário. A droga seria levada para uma associação criminosa do município. O grupo também é alvo da operação realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira.

Esquema era comandado de presídio
Segundo a PF, a finalidade do transporte da droga era comercializá-la na região. De dentro do presídio, um dos líderes da quadrilha comandava as atividades. O homem foi condenado a 26 anos de prisão, por homicídio.

As investigações também apontaram, com apuração dos órgãos de controle, movimentações financeiras suspeitas que, de acordo com a PF, chegam a mais de R$ 350 milhões. As transações são averiguadas pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Governador Valadares - FICCO/GVS.

Foram mobilizados mais de 100 policiais das forças que compõem a FICCO, com força tática, canil, apoio aéreo e presença da CORE, da 5ª Brave e do Canil das Polícias Civil, Militar e Penal.

Postagem Anterior Próxima Postagem