Vacinação contra a poliomielite com dose injetável (Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF/Divulgação) |
A partir de 2024, o Ministério da Saúde começa a substituição gradual das vacinas contra a poliomielite aplicadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A conhecida vacina oral, que inspirou o personagem Zé Gotinha, será substituída pela versão injetável do imunizante. Hoje as duas são usadas em um esquema combinado.
Em anúncio realizado na sexta-feira, 7, a pasta destaca que a decisão segue uma recomendação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e representa um avanço tecnológico.
A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências científicas e recomendações internacionais sobre o tema. No entanto, a versão oral permanece eficaz na prevenção da doença e ainda continuará em uso nos postos de saúde até o final da transição.
A forma injetável, vacina inativada poliomielite (VIP) ou Salk, já é aplicada no país em crianças, aos 2, 4 e 6 meses de vida. Seguindo a indicação dos especialistas, ela também será usada no reforço aos 15 meses de idade, atualmente feito com a forma oral.
De acordo com o ministério, a dose de reforço aplicada atualmente aos 4 anos não será mais necessária, considerando que o esquema vacinal com quatro doses já garante a proteção contra a pólio, segundo as evidências disponíveis.
O período de transição começa no primeiro semestre de 2024.