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A forte chuva que alagou casas, arrastou motociclista e deixou pessoas ilhadas em Pouso Alegre, foi o maior volume registrado no Brasil nas últimas 24 horas. De acordo com o Climatempo, a cidade registrou, neste período, 243.4 milímetros de chuva.
Os estragos causados na cidade começaram a ser normalizados por meio de obras de manutenção da prefeitura. A situação no município, de acordo com o prefeito José Dimas da Silva Fonseca (PSDB), deve ser normalizada em até três dias.
“Qualquer volume de chuva que cair para nós agora é prejudicial. O volume de água que está vindo da região de Borda da Mata e Congonhal é muito grande ainda. Essa água está se escoando normalmente pelo Rio Sapucaí e pelos outros rios. O Rio Mandu, nosso, não extravasou o leito dele ainda, está ainda no leito. Deve levar de dois a três dias para voltarmos à normalidade, se não cair outra chuva forte”, disse, em coletiva de imprensa.
Os trabalhos de reparos na cidade começaram ainda durante a madrugada, após as chuvas. O asfalto em diversos pontos na cidade se soltaram.
De acordo com a última atualização da prefeitura, duas pessoas seguem em um abrigo municipal. Uma família com sete pessoas que estava em um hotel retornou para casa.
O prefeito destacou que a prefeitura ainda avalia se decreta ou não situação de emergência na cidade.
“Um volume de chuva muito intenso, chegando a alguns locais com 264 milímetros de chuva. No geral nos tivemos cerca de 253 milímetros de chuva na cidade ontem. Todos os pontos da cidade foram atingidos. Estamos avaliando a situação de emergência, se vamos decretar ou não. Os laudos fornecidos pela Defesa Civil e pelos engenheiros que estão rodando a cidade vão ditar isso para nós, para avaliar os danos”, falou.
Outros estragos da chuva, segundo a Secretaria de Agricultura, aconteceram nos bairros Limeira e Anhumas, onde, respectivamente, duas represas se romperam e estradas rurais foram bloqueadas por árvores que caíram.
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Um dos bairros mais afetados em Pouso Alegre foi o São Geraldo. Coronel Dimas destaca que as várzeas do local demoraram apenas seis horas para inundar, o que ocorria em um intervalo de 15 dias.
“O volume de água que caiu naquela região foi sobrenatural, não imaginávamos que cairia tanta água num lugar em um espaço de tempo tão curto. Em um período chuvoso normal, as várzeas do bairro ficavam inundadas em cerca de 15 dias. Isso aconteceu em um intervalo de seis horas”, disse.
Durante as chuvas, os militares resgataram 41 pessoas ilhadas em locais de risco e com dificuldades de locomoção, além de alguns animais.
Entre as vítimas estava um motociclista que foi arrastado pela enxurrada e levado até um terreno com árvores e abaixo do nível da rua. O homem ficou segurando em galhos até a chegada dos bombeiros e saiu do local sem ferimentos.
Por conta da chuva, o Emprega PA, evento que aconteceria nesta sexta-feira, foi remarcado para segunda (26). Já o mutirão de limpeza que ia acontecer neste sábado (24) será remarcado. Já as aulas da Rede Pública Municipal retornam na segunda.
* As informações são do g1 Sul de Minas